Prezados leitores do blog da AEJUR, como vão
os estudos? Muitas provas estão se aproximando, então, força nos estudos!
Desde já, desejamos uma excelente prova para
todos os que prestarão a prova do Superior Tribunal de Justiça no próximo domingo.
Estamos torcendo por vocês.
Hoje, nosso 14º. simulado de Direito
Constitucional do ano trata da teoria geral dos direitos fundamentais.
Confiram!
Questão 1
(Cespe – Advogado – Cehab/PB – 2009)
Há 60 anos, no dia 10/12/1948, a
Declaração Universal dos Direitos Humanos foi assinada pela 3.ª Assembleia
Geral da Organização das Nações Unidas. A Declaração Universal dos Direitos
Humanos nasceu como um estandarte comum a ser alcançado por todos os povos e
nações e em um mundo que ainda trazia as marcas da destruição e das violações a
direitos humanos perpetradas durante a Segunda Guerra.
Base do que se tornaria a legislação
internacional sobre direitos e liberdades fundamentais, foi a Declaração
Universal dos Direitos Humanos que primeiro reconheceu o que hoje se tornou
valor comum. Direitos humanos são direitos a todos e concernem a toda
comunidade internacional.
Ministro Gilmar Mendes, Presidente
do Supremo Tribunal Federal, sessão plenária de 10/12/2008 do STF. Internet:
<www.stf.jus.br/portal> (com adaptações).
Com referência ao tema acima
tratado, assinale a opção correta.
(A) A evolução cronológica do
reconhecimento dos direitos fundamentais pelas sociedades modernas é comumente apresentada
em gerações. Nessa evolução, o direito à moradia está inserido nos direitos
fundamentais de terceira geração, que são os direitos econômicos, sociais e
culturais, surgidos no início do século XX.
(B) Apesar de ser um direito social
reconhecido, o direito à moradia não encontra previsão expressa no taxativo rol
que enumera os direitos sociais protegidos pela Constituição Federal de 1988
(CF).
(C) A implementação de políticas
públicas que objetivem concretizar os direitos sociais, pelo poder público,
encontra limites que compreendem, de um lado, a razoabilidade da pretensão
individual/social deduzida em face do poder público e, de outro, a existência
de disponibilidade
financeira do Estado para tornar
efetivas as prestações positivas dele reclamadas.
(D) A CF prevê que as normas
definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. Com
amparo nesse dispositivo, o Supremo Tribunal Federal (STF) já declarou a
inconstitucionalidade e retirou do ordenamento jurídico lei que fixa o salário
mínimo em valor inferior ao necessário para atender às necessidades vitais
básicas do trabalhador e de sua família (moradia, alimentação, educação,
transporte, saúde, vestuário, lazer, higiene, transporte e previdência social).
Questão 2
(FCC – Procurador do Estado – PGE/SP
– 2009)
Considere as seguintes afirmações:
I. Liberdade, Igualdade e
Fraternidade, ideais da Revolução Francesa, podem ser relacionados,
respectivamente, com os direitos humanos de primeira, segunda e terceira
gerações.
II. O direito à paz inclui-se entre
os direitos humanos de segunda geração.
III. Os direitos humanos de primeira
geração foram construídos, em oposição ao absolutismo, como liberdades
negativas; os de segunda geração exigem ações destinadas a dar efetividade à
autonomia dos indivíduos, o que autoriza relacioná-los com o conceito de
liberdade positiva e com a igualdade.
IV. A indivisibilidade dos direitos
humanos significa que, ao apreciar uma violação a direito fundamental, o juiz
deverá apreciar todas as violações conexas a ela.
V. A positivação da dignidade humana
nas Constituições do pós-guerra foi uma reação às atrocidades cometidas pelo
regime nazista e uma das fontes do conceito pode ser encontrada na filosofia
moral de Kant.
Estão corretas SOMENTE as afirmações
(A)
I, II e III.
(B)
I, II e IV.
(C)
I, III e V.
(D)
II, III e V.
(E)
I, II, III e V
Questão 3
(COPS/UEL – Procurador do Estado –
PGE/PR – 2011)
O entendimento de que existem
direitos fundamentais “fora de catálogo”, ou seja, de que é possível extrair
direitos fundamentais de outras normas constitucionais, além daquelas do Titulo II (Dos Direitos e
Garantias Fundamentais), tendo em vista a abertura material do catálogo dos
direitos fundamentais da Constituição, é afirmado pela jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal em relação:
a) à extradição;
b) à interpretação conforme a
Constituição;
c)
à assistência judiciária;
d)
à anterioridade tributária;
e)
ao devido processo legal
Questão 4
(Cespe – Auditor de controle externo
– TC/DF – 2012)
Embora a CF estabeleça como
destinatários dos direitos e garantias fundamentais tanto os brasileiros quanto
os estrangeiros residentes no país, a doutrina e o STF entendem que os
estrangeiros não residentes (como os que estiverem em trânsito no país) também
fazem jus a todos os direitos, garantias e ações constitucionais previstos no
art. 5.o da Carta da República
Questão 5
(FCC – Analista Judiciário Área Judiciária –
TRE/PR - 2012)
Considere os seguintes dispositivos da Lei
Federal no 12.016, de 7 de agosto de 2009, que disciplina o mandado de
segurança individual e coletivo:
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode
ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na
defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à
finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um)
ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos
seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes
às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.
Art. 23. O direito de requerer mandado de
segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da
ciência, pelo interessado, do ato impugnado. Considerada a disciplina
constitucional da matéria, tem-se que o disposto no artigo
(A) 21 é incompatível com a Constituição da
República, ao exigir que o mandado de segurança coletivo tenha por objeto a
defesa de direito líquido e certo, o que somente se aplica ao mandado de
segurança individual.
(B) 21 é incompatível com a Constituição da
República, pois promove uma restrição no rol de legitimados para a propositura
do mandado de segurança coletivo, ao exigir das associações tempo mínimo de constituição
e funcionamento, além de pertinência temática.
(C) 23 é incompatível com a Constituição da
República, na medida em que impede a impetração de mandado de segurança em
caráter preventivo, assim como é inconstitucional a exigência do artigo 21 de o
partido político ter representação no Congresso Nacional para estar legitimado
à propositura de mandado de segurança coletivo.
(D) 23 é incompatível com a garantia
constitucional do mandado de segurança, que não pode se sujeitar a prazo
decadencial.
(E) 21 é compatível com a Constituição da
República, no que se refere à exigência de tempo mínimo de constituição e
funcionamento de associações para a propositura de mandado de segurança
coletivo, assim como é constitucional a fixação de prazo de decadência para
impetração de mandado de segurança, pelo artigo 23.
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